terça-feira, 8 de julho de 2014

Novas paixões

Segundo meus cálculos avançadíssimos, passei mais de seis meses sem dar as caras por aqui. Apesar disso acontecer frequentemente e de todos vocês saberem os motivos (eu os explico cada vez que reapareço depois de meses sem escrever), resolvi dar uma passadinha apenas para lembrar que ainda existo e que não, eu não vou abandonar o blog. Eu sei que quase nunca venho aqui e que deve ser chato seguir um blog tão desatualizado, mas ainda não desisti. Posso não estar sempre postando no Entrelinhas, mas continuo escrevendo e fazendo nada em outros sites o dia todo. Não se preocupem que de tempos em tempos eu venho tirar o pó desse nosso amiguinho.

(Ai, por favor, finjam que vocês não me viram chamar o blog de "nosso amiguinho".)

No último semestre, muita coisa aconteceu. Pouco tempo depois da minha última postagem, minhas aulas voltaram. Comecei meu último ano do Ensino Fundamental (que é o 9º, by the way, antiga 8ª série) jurando que faria as coisas de maneira certa, que estudaria mais e não passaria o dia inteirinho vendo séries e ficando gorda no meu cantinho afundado do sofá. É claro que, como acontece todos os anos, a promessa não fui cumprida. Ganhei alguns quilos, afundei ainda mais o sofá, fiquei de recuperação em dois objetivos e, de brinde, ganhei um belo de um castigo durante um mês. 
Pelo menos fiquei em dia com Agents of S.H.I.E.L.D., The Vampire Diaries, Once Upon a Time, Pretty Little Liars (já estou atrasada de novo, aliás), Castle e Intelligence. Comecei várias séries novas (prometo fazer um post sobre tudo que eu assisto ainda esse ano) também, mas queria ter feito tudo isso e ficado com uma nota maior no boletim.

Em fevereiro, como todos sabem, foi o meu aniversário. Dia dezessete, a pirralha aqui completou 14 anos. Não teve uma festa muito grande - alguns primos, minhas irmãs e várias amigas que passaram a tarde comigo assistindo filmes de terror e fazendo bagunça no quarto dos meus pais - e eu não ganhei muitos presentes, mas o importante é que celebrei a data (e que o bolo estava bom). Como sempre, estava chovendo no dia e meu cabelo ficou um horror. Mantive ele preso e não saí muito bem nas fotos. Acho que até as melhores coisas da vida têm um preço, né?

Em abril, se não me engano, conheci a Analu pessoalmente na festa do filho do meu primo (que, coincidentemente, é afilhado dela e filho da prima dela). Não conversamos muito - eu não falei com muita gente fora do whatsapp porque estava de TPM e sem vontade de puxar assunto com quase ninguém (não que minha família respeite as minhas vontades, mas eu tentei deixar claro que só queria comer as minhas batatinhas e discutir sobre a prova de matemática com minhas amigas) -, mas ela era fofa exatamente como é no blog, e isso eu consegui perceber mesmo nas poucas palavras que trocamos.

Pulando alguns meses que não tiveram eventos tão importantes (a não ser que o meu conteúdo de matemática seja interessante), em junho aconteceu a festa junina da escola. 
Uma semana antes dela ser realizada, tivemos dias bem frios e chuvosos - como já se é de esperar -, o que nos levou a pensar que estaria assim no dia 7. O pior é que estávamos parcialmente certos, porque choveu e muito. Mas também esquentou (dá pra entender essa cidade?) o que fez com que as barracas amontoadas para não serem expostas à chuva featuring a quantidade imensa de pessoas que frequentam as festas juninas do meu colégio todos os anos (acreditem, esbarrei com quase todos os meus vizinhos enquanto me locomovia de um canto do colégio até o outro. Para falar a verdade, eu esbarrei com todo mundo, porque não tinha muito espaço para andar por lá) tornassem o ambiente quase insuportavelmente quente. Como acontece todo ano, o 9º ano também dançou quadrilha - eu estava com o cabelo ruim por conta da chuva, pingando suor por causa do calor e, também, com uma alergia que não me deixava respirar e me dava uma dor de garganta horrível - e, apesar de ser divertido, foi um belo desastre. Meu par ficava fazendo gracinhas e nós não conseguíamos levar a dança a sério, além de que muita gente que não era da minha série (ou da minha escola) dançou junto, e a coisa toda virou uma muvuca e um empurra-empurra sem fim. Nem meu pai, que é meu pai, conseguiu elogiar a dança.
Pelo menos meu professor responsável por "puxar" a quadrilha se divertiu, e eu consegui desviar a atenção da minha garganta inflamada durante uns quinze minutos. 

Agora, em julho, está tendo a Copa - e as minhas férias. 
Eu não sou tão ligada na Copa do Mundo quanto a maioria das pessoas. Não acompanho todos os jogos (exceto os do Brasil, que eu vejo do começo ao fim e depois vou comentar com as minhas amigas) e não fico ligada em todas as notícias; na verdade, aproveito o tempo de folga para ver séries e ler meus livros atrasados. 
Não vou me prolongar nesse assunto - porque tem coisa demais para ser dita sobre futebol, e vocês sabem como eu consigo pirar e esquecer completamente da vida - porque há mais coisas para dizer, mas quem quiser discutir sobre isso comigo no twitter pode ficar à vontade.


Antes de prosseguir para o assunto que eu estava coçando os dedos para mencionar, vou dar uma rápida explicação sobre as mudanças feitas no blog.

Se você é um bom observador, deve ter notado que as páginas "Me" e "Recomendações" desapareceram. Não se assustem, é apenas temporário. Eu vou reformá-las e logo estarão disponíveis novamente (com logo eu quero dizer não sei exatamente quando, mas espero que seja em 2014). Talvez a página sobre mim não seja reativada, porque atualizei meu perfil e acho que tudo de interessante que possa existir sobre mim está lá. Junto com as páginas, tirei aquele gadget que mostrava todos os marcadores de todos os meus posts porque estava uma verdadeira bagunça. Vou editar os outros posts, mudar as tags e ele logo estará disponível.
Caso queira saber mais alguma coisa, novamente, não hesite em me chamar para uma conversinha no twitter (que é meu próximo tópico, aliás).

Ainda sobre essas mudanças, eu "criei" um twitter pessoal (na verdade estava só guardando o user dele e resolvi utilizá-lo) para conversar com vocês. O usuário é hermiosa (palavra que eu criei juntando Hermione com hermosa [bela, em espanhol]. Não faz sentido nenhum, mas eu sou péssima com usuários). Provavelmente não vou entrar todos os dias, mas vou tentar dar uma atualizadinha no mínimo uma vez por semana, para que esses meus hiatos não pareçam tão grandes quando eles realmente são.


Agora que terminei de dar minhas explicações, vou ao assunto que queria abordar há tempos mas estava com preguiça. Como esse post já está grande demais, a segunda parte só ficará acessível a quem clicar no link abaixo:


Quando eu era pequena - mais precisamente, dos 3 aos 6 anos de idade -, eu fazia ballet na escola. Não era uma opção minha, porque a aula era obrigatória a todas as meninas, e talvez por essa razão eu a odiava com todas as minhas forças. Fazia os exercícios de qualquer jeito, era chata com a professora (apesar de amá-la, porque ela me dava uma outra aula chamada expressão corporal, e essa sim eu fazia com gosto) e passava a maior parte do tempo reclamando de tudo.

Apesar disso, ao mudar para uma escola nova - a minha antiga, infelizmente, era apenas jardim de infância -, me inscrevi na dança. Eu provavelmente achava que dança não era a mesma coisa que ballet, e, sendo assim, seria divertido de fazer. E não é que foi? A professora vivia me elogiando, e aquela aula definitivamente era muito mais legal que a do infantil. Nós fazíamos ballet na maior parte do tempo, mas tínhamos alguns minutinhos de jazz e dança contemporânea. Minhas melhores memórias são de quando a professora nos deixava treinar o grand jetté (o que era bem inútil, já que nós não usaríamos na nossa apresentação).

As semanas passaram, e eu fui percebendo que ballet não era aquele monstro que eu e minhas amigas pintávamos. Na verdade, me alongar era bem divertido, e eu adorava treinar as cinco posições e fazer plies  na barra enquanto ouvia ao CD de músicas da minha professora. Mas isso só até ela nos chamar e avisar que tínhamos que adquirir sapatos de sapateado.

A princípio, eu achei a ideia ótima. Sapateado parecia ser super legal, e os sapatinhos eram lindos. Porém, depois de algumas aulas treinando, eu comecei a perceber que não gostava tanto assim de praticar a dança. E que sentia falta - até mais do que gostaria de admitir - do ballet de antes.

Me lembro perfeitamente de ter ligado chorando para minha mãe e pedido para ela me colocar nas aulas de ballet. Segundo ela, isso nunca aconteceu. Na minha humilde opinião, esse evento foi tão trivial para mamãe (eu chorava bastante quando era pequena) que ela nem ligou. Mas aconteceu comigo, então é claro que eu lembro.

Não tenho certeza, até hoje, se ela não queria me matricular no ballet porque achava que eu faria a mesma coisa que tinha feito com a dança ou se foi porque eu amarelei e decidi tentar outro esporte. Só sei que continuei dançando em casa livremente e coreografando as músicas da Vanessa Hudgens (e minhas originais, é claro), e nunca voltei a uma aula de dança. Logo, toda a minha vontade de fazer ballet, depois de tanto tempo sendo sufocada por outros esportes e atividades que surgiram depois das aulas de dança, juntou suas coisinhas e deu o fora. Durante alguns anos, até teimei que não gostava (mãe, se você estiver lendo isso, saiba que era tudo fachada).

Passei pela fase da iniciação esportiva, depois quis fazer natação, ginástica (artística e rítmica), vôlei, tênis e devo ter pensado em alguns outros esportes. Passei um mês na iniciação, um ano na natação (voltei a tentar em 2012, se não me engano, mas foi só uma aula experimental e atualmente o maiô já nem me serve mais), não cheguei a fazer ginástica, uma aula experimental de tênis, dois meses e meio (aproximadamente) de vôlei e não me encaixem em nenhum. A minha única aula extracurricular que realmente durou foi o teatro (já fiz um post inteirinho sobre a minha trajetória nele, você pode encontrá-lo clicando aqui), que eu fiz de 2008 até 2012 e saí por conta de um desentendimento entre minha mãe e meu professor. Foi bem engraçado (para nós, ele não achou nada legal), mas infelizmente fez com que eu saísse do teatro da escola. Até pensei em ir fazer em outro lugar, mas decidi que queria um tempo para pensar se eu realmente gostava tanto de teatro e se queria mesmo voltar. Ainda amo, e pretendo voltar a fazer aulas algum dia, só não me imagino atuando agora. Quem sabe daqui alguns anos...

No fim do ano passado (ou começo desse ano), eu comecei a ler uma fanfic em que a personagem principal era uma bailarina. Voltando a me lembrar da minha própria história com o ballet, fui correndo até meu melhor amigo - o Youtube - para assistir vídeos de apresentações e reviver aquela chama que esteve apagada durante tanto tempo dentro do meu buraco negro em forma de coração. Não deu outra: me apaixonei novamente e decidi que voltaria ao ballet ainda em 2014 (mesmo já estando tarde demais para seguir uma carreira profissional). Falei com a mamãe, que deu graças a Deus, e com o papai, que não deu a mínima (ele não é tão fã de dança quanto eu, ao que parece. Ou de teatro. Pelo menos nós dois amamos música, então não somos tão completamente opostos quanto devemos parecer), e voltei a treinar minha elasticidade e os passos básicos para não chegar parecendo uma completa iniciante.

Como eu já falei, a dança nunca abandonou minha vida. Continuei dançando por conta própria em casa e jogando Just Dance com minhas amigas, mas nunca voltei para uma aula. Tive vontade de fazer zumba, dança do ventre e um outro estilo que eu realmente não lembro porque não me interessei tanto assim, mas passou rápido. Por motivos pessoais, não deu certo e também não comecei as aulas de ballet. De certa forma, estou aliviada - o ballet da minha escola não é tão bom quanto o de outros lugares que eu conheço, vejo isso pelos vídeos de apresentações, e começar minhas aulas lá não teria sido uma boa ideia -, porque quero poder entrar no mundo da dança de uma vez por todas sem nenhum problema para me impedir de dar meu melhor. Infelizmente, isso quer dizer que eu provavelmente só vou começar as aulas de verdade no ano que vem.

Há semanas que eu não treino em casa - diferente do que mostra o filme Center Stage: Turn it Up, acredito que o ballet é uma dança que não pode ser aprendida apenas assistindo a vídeos e treinando sozinha na garagem de casa. Eu preciso de espelhos, barras e uma professora que me diga o que está certo e o que precisa ser melhorado. Eu preciso dos alongamentos e aquecimentos certos para não acabar me quebrando ao (tentar) dar uma pirueta. Eu preciso de outras colegas que possam me auxiliar quando a professora não está o fazendo. E nada disso é encontrado na minha casa. Apesar de ter largado os "treinos", continuo vendo vídeos, lendo blogs e assistindo filmes e documentários sobre ballet. E, a cada dia que se passa, estou mais certa de que essa nova paixão não é que nem os outros esportes que já pratiquei. É real. E eu quero que ela faça parte da minha vida.

Como esse post já está grande demais, deixo para uma próxima ocasião um post falando apenas sobre ballet e o que eu achei de interessante durante os últimos meses sobre o assunto. Já estou escrevendo há quase duas horas - é sério -, e minhas aulas voltam em menos de duas semanas, então eu deveria estar dormindo.

Se você leu até aqui, muito obrigada. Vou tentar não passar tanto tempo sumida, mas não prometo nada. Vocês sabem que eu sou péssima com prazos.

Até uma próxima, amorecos. Beijinhos!

P.S.: Para evitar que vocês interpretem errado: eu não acho que ballet é "coisa de menina", e não foi por isso que eu falei "professora" ali em cima, ao invés de professor. Só que minhas duas professoras de dança, a que tive no infantil e a da dança da escola nova, eram mulheres. Acabei me acostumando a falar professora. Isso não significa que eu não gostaria de ter um professor ou qualquer coisa assim, não me interpretem mal.

P.P.S.: Apenas lembrando do meu twitter e que estou quase sempre à disposição para responder qualquer pergunta que vocês possam ter, sobre o blog ou não. Não tenham vergonha.

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