segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Adeus ano velho...

Porque eu já fiz um post e meio falando sobre esse ano e como eu queria poder deletar ele da minha cabeça, não vou me enrolar muito e pular direto para as metas (que você pode ler aqui).

1. Ler mais.
Não, não rolou.
Esse ano foi meio que um grande teste para a minha paciência (e força de vontade. E vontade de viver. E tudo junto). A quantidade de trabalhos triplicou, o número de matérias aumentou também e quando não estava fazendo nada relacionado à escola, não estava fazendo nada at all. No meio de tanta zona, não consegui arranjar vontade (!!!) de ler qualquer coisa que não fosse obrigatório (e, pra falar a verdade, não li os obrigatórios também. Acontece). 
Então, já vou adiantar um detalhe das metas de 2016: os livros paradidáticos contarão como livro mensal. E não, eu não vou deixar de ler nenhum deles. Leitura faz falta e meu cérebro tá sentindo. 

2. Fazer uma lista de "livros lidos durante o ano", com anotações sobre cada um.
Funcionou com os primeiros livros que eu li, lá em janeiro, mas depois não fiz mais. Provavelmente porque não li nada (risos). Pretendo manter esse ponto para o ano que vem. 

3. Beber mais água, me alimentar melhor, fazer mais exercícios.
Os dois itens funcionaram comigo (!!!), mas o último não tanto. Infelizmente, não foi só preguiça que me impediu de praticar exercícios. Me machuquei um monte (já em janeiro fiz algo suspeito no braço e fiquei com dor até março), peguei altas gripes e até amidalite. Esse ano foi especialíssimo. 

4. Ser mais organizada e estudiosa.
Confesso que estudei bem mais do que no ano passado - especialmente para biologia (que, não, não é mais a minha matéria favorita). Quanto a ser organizada... Vacilei. 

5. Ser menos chata.
Um beijo pra quem achava que eu nunca conseguiria. 

6. Não deixar de sair e fazer programas legais por preguiça de me arrumar.
Agora é só porque não dá, mesmo. Não porque eu não quero. 

7. Passar bem menos tempo no computador.
Funcionou porque eu assisti várias séries fora da internet, e não precisava ligar o computador. Mas já vacilei nas últimas semanas (meses). 

8. Ler, no mínimo, um livro por mês. 

9. Postar no blog ao menos uma vez por semana.
Já estabelecemos que essa coisa de transformar hobbie em obrigação não funciona comigo. Tirei do negrito porque essa, tecnicamente, não é mais uma meta

10. Não voltar atrás nas decisões tomadas em 2014.
Não rolou e eu não me arrependi. Para falar a verdade, mal lembro quais foram as tais decisões.


Posso dizer, de uma maneira geral, que 2015 deixou a desejar no aspecto metas (mais um ponto em que o ano foi péssimo). Acredito que as mais importantes eu deixei de lado, e foquei naquilo que era mais fácil. Para o ano que vem, espero poder realizar as metas principais primeiro e deixar as menos importantes em segundo plano. Não quer ser menos chata não seja importante, mas é que ler e estudar são coisas que precisam ter um foco maior.

Não sei se volto ainda esse ano (porque não gosto de quebrar o especial de ano novo com algo não relacionado a ele), então fica aqui meu abraço pra vocês. Tenham um bom Natal, um próspero Ano Novo e até ano que vem!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Em família

Ou: ainda bem que é só uma vez por ano.

Natal é (quase sempre) época de reunir a família inteira numa única casa, gastar a maior quantidade possível de dinheiro em comida e presentes, beber mais Coca Cola do que nossa bexiga aguenta e contar piadas idiotas - porque você está em família, então ninguém pode te julgar.

Também é época de receber presentes que a gente não vai gostar, encontrar um ou dois parentes que não vão muito com a nossa cara, se arrumar toda pra ficar na sala, conhecer gente nova (porque família é um negócio que só cresce ao longo dos anos e sempre vai ter um ou outro que você não lembra de alguma vez na sua vida ter visto) e torcer para que as horas passem o mais rápido possível. 

Meu Natal foi isso aí. Família reunida, comida boa, presentes legais (dos quais eu provavelmente falarei no ano que vem), muita risada, muita Coca Cola e muita vontade de voltar logo pra casa e tirar o reboco a maquiagem. Não é que eu não goste de ver os parentes, isso é algo que acontece com pouquíssima frequência e nem dá tempo de enjoar. É só que eu não sei socializar com eles e acabo ficando sozinha no sofá mexendo no celular.

Provavelmente porque nenhum tio teve a brilhante ideia de ter um filho da minha idade, ou porque todos os mais velhos se reúnem para beber vinho e falar da vida alheia, essa parte da minha família não é a que mais faz parte da minha vida ou a que eu tenho mais intimidade. No fim, eu acabo deslocada e sem conseguir participar de uma conversa durante muito tempo.

Mesmo assim, é uma data massa. A comida é boa e as crianças estão sempre fofas e limpinhas (no começo), o que facilita o processo de beijar e morder. Não dura muito mais do que algumas horas, e sempre rende umas piadinhas inteiras e presentes bons.

Espero que o Natal de vocês tenha sido tão normalmente maravilhoso quanto o meu foi. Só passei para dar um cheirinho antes do especial de ano novo, pra não cortar ele na metade com um post aleatório (o que provavelmente aconteceria se eu não matasse agora a vontade de escrever). Se o Natal ainda não aconteceu, então que ele seja muito mágico e cheio de peru, farofa e doce de banana.

Até o dia 28!


P.S.: Sim, mudei a URL do blog. A antiga (aboutthewords) tinha sido escolhida às pressas quando eu criei o Entrelinhas, no auge dos meus 12 anos, e nunca me agradou de verdade. Entrelinhei, por incrível que pareça, é uma flexão do verbo entrelinhar (sim, existe), e eu achei que combinava bem mais com o blog e comigo. Perdão pelo vacilo, amo vocês.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Stop romanticizing abusive relationships 2k16

Depois de dois anos de espera, finalmente me rendi a Belo Desastre. E tenho apenas três palavras para representar o que senti durante toda a leitura: PARA. SÓ PARA.

Li achando que ia ter uma explicação pra essa capa, mas não teve. A imagem foi escolhida aleatoriamente, mesmo.
Não continuem a ler o post se não tiverem terminado o livro e quiserem evitar spoilers. Teje dito.

Abby e Travis são exatamente aquele tipo de casal que mais está em alta nos livros e fanfics de hoje em dia. Romantiquinhos, melosos, cheios de tretas, que terminam e voltam o tempo todo mas sempre ficam felizes no final. Me lembraram um pouco Bella e Edward, principalmente em Lua Nova (quando o Edward decide terminar o namoro e a Bella começa a se colocar em situações de risco só pra ter uma alucinação com ele. Quão romântico e nada problemático isso não é, certo?).

Primeiro, o Travis é completamente louco e dependente dela. E com completamente louco, eu não estou exagerando. Travis se diz totalmente apaixonado por ela desde o primeiro mês, faz duas (!!) tatuagens em homenagem a ela quando eles estavam juntos há cerca de três meses, fala em casamento no mesmo dia que mostra as tatuagens, quebra a cara de qualquer um que ouse falar dela, ameaça qualquer um que ouse falar com ela, quebra os móveis quando acorda e não vê ela na cama, faz cena quando eles terminam. Aliás, não foi uma única cena. Ele fez duas ceninhas e deixou a faculdade inteira a par do relacionamento dos dois (mas ai de quem se metesse, ele partia pra porrada).

Travis é ciumento, possessivo e tem muitos problemas de raiva. Além de ter uma dependência tão grande (emocionalmente falando) que, como ele mesmo disse, não é capaz de dormir, pensar, comer... Nada, quando os dois não estão juntos. O relacionamento deles (chamado de "desastre" por uma das personagens, taí o título) é tão tóxico que todos percebem e apontam, mas Abby e Travis preferem ignorar e seguem estragando um ao outro e a todos que estão ao seu redor.

Isso quando, é claro, os dois não estão fazendo cagadas e sendo apoiados um pelo outro. Tipo quando Travis resolve bater num moço e Abby o incentiva, porque era para "defender a honra dela". É. Se você quer bater no carinha que está fazendo comentários nojentos a seu respeito, vá em frente. Mas mandar o namorado fazer seu trabalho sujo? Amiga... Stand up for yourself.

Mas eu não queria (só) falar mal do livro. Não é para isso que eu estou aqui.

Estou aqui para pedir que isso acabe.

Gente, depender completamente de uma pessoa (emocionalmente falando) não é certo, tampouco saudável. Depositar toda a sua autoconfiança e bem estar nas mãos de um namorado ou uma namorada que você recém começou a sair não acaba bem. Aceitar o comportamento abusivo e violento do seu namorado (e, pior, incentivar) não é romântico. Gente, uma relação que apenas corrói os membros, traz à tona tudo o que há de pior em ambos e afeta até mesmo as pessoas que convivem com eles não é ideal

Já passou da hora da gente parar de encarar esses "romances" como sonhos de consumo. Na vida real, eles geralmente acabam de duas formas: num término péssimo ou em assassinato. E eu, mais uma vez, não estou exagerando.

Belo Desastre é só mais um exemplo de romances abusivos que as pessoas acham bonitinhos. Temos também Crepúsculo, 50 Tons de Cinza, After (aparentemente, nunca li para saber mas só ouvi coisa ruim) e eu poderia nomear mais umas 10 fanfics, mas aí já fica demais. Para 2016, deixo um apelo: PARA GENTE POR FAVOR NÃO AGUENTO MAIS.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Agora vai

Ou: a retrospectiva que eu me prometi e não quero deixar de cumprir.

Juro pra vocês que eu não tinha a intenção de voltar a postar até começar meu típico especial de ano novo, mas depois do fiasco do último post (em que eu prometi fazer uma retrospectiva de 2015 mas acabei só reclamando da vida) achei que devia essa a mim mesma. Não parei pra pensar no que esse ano representou na minha vida até agora, e não sei se consigo passar para o próximo sem passar as ideias por escrito.

Vou resumir um mês de cada vez, então senta aí que a conversa vai ser longa e louca.

Janeiro foi o mês em que eu mais rendi no quesito "livros". Li a coleção inteira de Hush Hush e provavelmente reli a de Percy Jackson, como é de praxe sempre que eu termino uma saga. Na verdade, apenas em janeiro eu li mais livros do que no ano todo. Shame on me.
Foi nesse mês que eu fiz o primeiro machucado sério do ano (coisa que geralmente acontece durante as aulas, na educação física, quando eu invento de jogar basquete). Estava fazendo algo que eu não vou contar aqui porque todo mundo ri quando eu falo na piscina e aconteceu uma coisa estranha com o meu braço. Não sei o que foi, só sei que tomei uma semana de anti-inflamatório e fiquei um mês sem conseguir mexer o braço, mais um e meio com bastante dor. Alguém me traz um prêmio.
Foi também o mês em que caiu a ficha de que hm, Ensino Médio está aí. Foi o primeiro mês na minha vida em que eu comecei a me preocupar com escola mais tardiamente. Foi, num geral, um mês bem parado e chuvoso, mas provavelmente o melhor do ano todo.

Em fevereiro, as aulas começaram. Fui para uma turma nova em que não conhecia quase ninguém, me apaixonei pelos conteúdos das áreas de humanas e biológicas, peguei birra de matemática e completei 15 anos (o que não tem absolutamente nada a ver com a escola, mas é sempre bom frisar). No começo do mês estava tudo bem bom, mas felicidade de pobre dura pouco e lá para o final eu já estava surtadinha de novo. Acho que foi mais ou menos nesse mês que meu ano começou a desandar.
Peguei uma virose linda e tive a primeira crise de sinusite do ano - e, só para constar, dos últimos oito anos. A gente pensa que se livra do problema, mas ele sempre volta pra aumentar nosso papel de trouxa.

Em março eu entreguei geografia, matemática e física na mão de deus. Tive minha festa de 15 (que não foi bem festa, mas eu amei mesmo assim), peguei outras duas viroses e tive outras duas crises de sinusite (!!) no intervalo entre elas. Foi nesse mês em que eu respirei fundo, contei até 10, ouvi Taylor Swift e pensei "é, 2015 não vai ser o meu ano".

Em abril eu tive minha primeira festa de 15 (outro fato não importante mas que eu quero frisar), tive mais uma virose (essa me deixou de cama durante uma semana) seguida de mais uma crise de sinusite (queria estar brincando mas não estou) e comecei a rezar todos os dias pro ano acabar logo. O primeiro trimestre mal tinha acabado e eu já estava na contagem regressiva para as férias de julho.

Maio foi... Não lembro. Não foi tão importante, acho. Mas foi mais ou menos por aí que eu comecei a fortalecer os laços com as meninas da minha sala e afrouxar os com as melhores da outra turma. Foi quando eu percebi que não era a mesma coisa, e que nunca voltaria a ser. Doeu, mas eu sobrevivi. Mais ou menos.
Mentira, forcei pacas e acho que elas se cansaram de mim.

Junho eu tive amidalite (!!) depois de três anos sem (mas já era esperado, eu sempre tenho problema na garganta durante junho). Mais anti-inflamatório, viva eu! Tive a melhor festa da minha vida, que me fez dormir até às 16h e perder a Festa Junina do colégio (e essa é a minha data favorita, depois do meu aniversário). Quase chorei de alívio quando entrei de férias, porque não tava dando. E foi isso de especial.

Julho não teve nada. Eu passei o mês inteiro fazendo vários nada e agradecendo a Não Sei Quem por ter inventado as férias. Que coisinha maravilhosa, não?

Agosto foi um tapa na minha cara. As férias me deixaram muito molenga e, apesar dos avisos do meu professor titular, eu não utilizei os últimos dias pra voltar ao ritmo. Cheguei na escola e fui atropelada por física - primeira recuperação do ano. Dois vivas pra mim! Chorei muito por não estar dando conta da escola, mas as três matérias já citadas continuaram completamente na mão de deus.

Em setembro eu não aguentava mais ouvir falar em português, física, geografia e matemática. Começou o último trimestre, e eu passei o mês inteiro sentindo que havia um rolo compressor andando sobre a minha cabeça. A quantidade de trabalhos dobrou, e os conteúdos estavam muito mais complicados do que eu me lembrava. Só conseguia me falar "bem feito", porque eu sabia que aquilo era o Ensino Médio de verdade e agora estava apanhando por todas as péssimas escolhas que tinha feito lá no começo.
Gente, se alguém aqui ainda estiver no Fundamental, tenho uma dica: os primeiros meses do 1º ano são os que vão te erguer ou afundar no Ensino Médio inteiro. Se, desde o começo, você criar uma rotina de estudos, se esforçar e se garantir, vai que é tua, Tafarel. Mas se você fizer que nem eu e ir empurrando com a barriga e prometendo no próximo trimestre eu estudo, colega... No fim do ano você não passa nem em Religião (true story).

Em outubro eu só tava rezando pro ano acabar. Foi quando percebi que biologia não era tão minha cara que nem eu pensava ser, que não ia passar em matemática nem física e que nunca poderia confiar na Dilma se ela não proibisse o ensino de logaritmo nas escolas. Faltando um mês para o fim do ano, férias so close yet so far, eu já havia desistido de fazer valer a pena. Não era agora, na reta final, que eu conseguiria mudar meu comportamento do ano inteiro. Mesmo se conseguisse, já estava enterrada na maior parte das matérias.
No quesito saúde, eu tive uma crise de rinite ferrada que mais parecia gripe do que qualquer outra coisa. Mas não, era rinite. Eu sei porque durou uns quatro dias.
Meu olho ficou tão inchado que parecia que eu tinha passado sete dias chorando depois de ter levado um soco do Chuck Norris. Primavera, né? Odeio essa época do ano.
Além disso, meu celular quebrou. Não tem muito a ver com saúde, mas ele era parte de mim. Estou sem até agora e aceitando doações.

Novembro veio, foi e eu nem senti. Esse foi certamente o mês em que eu mais me desliguei do mundo e da vida. Não tinha mais forças para estudar, me esforçar ou ficar feliz. Sério, foi o pior mês do ano. Me surpreendi por ter ficado em quatro recuperações, e não foi uma surpresa ruim

Dezembro passou rapidinho. Fiz as recuperações (e entreguei na mão do Conselho porque de 4 eu só recuperei 1), reli meu livro favorito e esperei pelo pior. Graças a mim mesma, não reprovei. Precisa ficar em, no mínimo, quatro objetivos (long story que eu não vou contar a não ser que me perguntem) pra ir pra Conselho, e eu fiquei com três. Passei direto.

Agora estou aqui, apenas esperando o ano acabar pra poder realmente dormir tranquila. Perdi as contas de quantas vezes desabei durante o ano, quantas vezes achei que não ia aguentar e quantas vezes repeti que "não vai rolar ter outro ano que nem esse". 2015 foi pesado, triste e provavelmente o pior da minha vida. Agora, relembrando mês a mês, eu não consigo achar o equilíbrio entre momentos ruins e bons. O lado das trevas venceu.

Estou aproveitando meus últimos 14 dias de pensamento negativo porque pretendo forçar 2016 a ser melhor. Não me interessa se estou sem celular, sem psicológico e sem vontade de viver. Não me interessa se vai ser um ano ainda mais cheio e cansativo do que esse. Não me interessa nada, a não ser que VAI ser melhor. Porque se for pra ter outro 2015 eu prefiro parar no tempo.

Mais um assim não rola.

sábado, 12 de dezembro de 2015

É mais fácil passar em matemática

Essa deve ser a quarta vez que eu tento começar esse post. Tinha me prometido fazer uma pequena retrospectiva dessa bagunça que foi o ano de 2015, mas ainda não consegui organizar meu cérebro o suficiente para sequer entender what the actual hell is this. Perdão pela expressão, não deu para achar nada melhor.

Pra começar, eu fui lindamente atropelada pelo Ensino Médio. Comecei achando que era fácil demais para ser só aquilo (exatamente que nem matemática, aliás), cheguei na metade do ano pensando "puts..." e lá por outubro eu coloquei nas mãos de Deus e esperei dezembro chegar com as recuperações, porque passar direto não era mais uma opção. 

Gente, eu não sabia que era possível ficar tão mental e psicologicamente exausta por causa da escola, e olha que já estou nesse barco há bastantinho tempo (agora com meio pé pra fora e aguardando os próximos dois anos para poder sair correndo). Digo, eu já chorei várias vezes porque não aguentava mais esperar pelas férias, mas dessa vez não tive forças nem pra chorar. Eu só acordava suspirando (pseudo-acordava, passei o ano inteiro deixando a maior parte da minha consciência no travesseiro), fazia tudo no automático e esperava o fim do dia pra poder dormir. O processo foi repetido até as aulas acabarem.

Acho que foi esse "deixar no automático" que não me permitiu aproveitar direito o primeiro ano. Não lembro da maior parte das aulas porque, mil perdões, não prestei atenção na metade e a outra metade eu só não entendi, mesmo. Agora, enquanto escuto Little Mix e escrevo esse post sem pé nem cabeça pra tentar limpar a minha própria cabeça, o ano parece só um grande borrão com algumas risadas e muitas lágrimas. Mesmo que eu já nem lembre o motivo de ter chorado tanto.

Essa bagunça (que só vai durar mais 19 dias, graças) foi pesadíssima, tristíssima e acabou comigo. Tenho certeza de que tudo é karma por eu não ter usado a porcaria da roupa branca que minha mãe pediu no réveillon. Esse ano eu vou até mergulhar na tinta branca pra ter certeza de que não tem nada não branco em mim. Preciso de uma paz pra 2016, que promete ser ainda mais corrido que 2015.


No fim, prometi que ia fazer uma retrospectiva e só consegui reclamar. Acho que é realmente mais fácil passar em matemática do que conseguir falar qualquer coisa sobre 2015.

P.S.: Não, eu não passei em matemática.