sábado, 31 de dezembro de 2016

Adeus ano velho...

Confesso que quase esqueci de fazer a retrospectiva esse ano. Ainda bem que minha mãe está ouvindo essa música desde cedo e acabou por me lembrar.

O post de metas para 2016 está aqui. Vou aproveitar o embalo e já riscar da lista de 101 coisas alguns itens que eu consegui cumprir esse ano.

Metas:

1. Beber mais água, me alimentar melhor, deixar de ser sedentária.
Essa meta eu nem vou mais colocar em lista nenhuma. Realmente, bebi muita água, parei com chocolate e refrigerantes e agora quase nem estou mais comendo que nem um javali selvagem o dia inteiro. A parte de ser sedentária, no entanto, continua firme e forte. Segunda feira eu começo a mudar.

2. Me dedicar mais aos estudos.
[Anitta's voice] Vocês acharam que eu não ia exibir meu boletim hoje, né?

3. Escrever mais.
Além de ter escrito umas histórias aqui e ali, feito alguns posts e tal também comecei a reescrever uma história com a qual eu trabalho desde 2012. Me sentindo a própria J.K. Rowling no momento.

4. Cuidar mais da minha saúde.
Acho que o primeiro item e esse se completam, não?

5. Cuidar mais da minha pele e do meu cabelo.

6. Variar mais os temas dos textos do blog.
Considerando que postei umas tags e tudo, acho que dá para dizer que eu variei um pouco esse ano, né? Rs.

7. Finalmente ler Orgulho e Preconceito.
O livro tá lindo e baixado na Play Livros, mas não toquei até agora. Fica para 2017 essa metinha.

Num geral, estou até que satisfeita com o rendimento dessa lista. Consegui cortar 5 itens de 7, provavelmente um recorde.

Agora, a parte da lista.

1. Ler mais de 20 livros em um ano.
Na verdade eu não tenho certeza se fechei mais de 20. Eu sei que li 20 (os que já marquei aqui, A Guardiã da Minha Irmã, A Última Quimera, todos de Percy Jackson, os dois primeiros de Heróis do Olimpo e A Garota Italiana), mas, como parei de anotar depois de um certo período, não tenho certeza se terminei algum outro. É provável que eu tenha relido pelo menos um de Percy Jackson ao longo do ano. Também é capaz que eu tenha terminado o terceiro da série A Mediadora em algum momento entre abril e junho. Quase certo de que reli Sorte ou Azar em janeiro, mas esqueci de marcar. Se formos considerar uma fanfic que eu li completa esse ano e que será lançada como livro em 2017, teremos mais de 20.
De uma forma ou de outra, atingi a meta. Viva eu!

40. Responder o maior número de tags que eu conseguir.
Confesso que não postei todas, mas respondi várias delas. Estão no rascunho esperando para serem postadas.

48. Fazer uma mudança radical no meu cabelo.
Falei sobre esse aqui. 
68. Fazer alguém de fora do meu convívio sorrir.
Falo mais sobre isso no famigerado post que chega em janeiro.

73. Começar 3 séries novas e ir até o fim.
Comecei Lúcifer, Gilmore Girls e o revival de Gilmore Girls e terminei todas as três. Não tenho certeza, mas talvez tenha visto Drop Dead Diva e Being Erica esse ano também. Vai chegando a virada e eu vou perdendo a habilidade de calcular o tempo.

82. Fazer uma limpa nas minhas amizades, estou precisando.
Fiz essa meio que sem intenção. Deu boa.
Eu não achei que fosse conseguir bastante coisa esse ano, mas até que tive um resultado bom. Espero conseguir números ainda melhores em 2017.

Agora, como de praxe, só volto no ano que vem. Boas festas!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Coisas que 2016 me ensinou


Quem mora no twitter ou faz visitas frequentes deve ter visto essa brincadeira rolando. Já é de praxe para nós, twitteiros, reclamar da vida e dos anos como se não houvesse amanhã, então é óbvio que uma corrente de positividade seria estranhada (e não muito difundida) na rede social.

Ainda assim, quando eu vi a brincadeira, resolvi aderir. Se estamos nessa vibe de fazer um ano positivo por conta própria, por que não começar refletindo de forma boa a respeito de 2016? 

O meu primeiro item envolve algo que prefiro contar de forma mais detalhada num post futuro (que sairá aproximadamente no dia 25/01, aguardem maiores informações). O segundo item foi o seguinte: 



Daí veio a ideia para o post. No meio de tanto tiro, porrada e bomba, quais flores 2016 me trouxe?

1. Aprendi a deixar para lá o que pode ser deixado para lá. 
Eu não gosto de engolir sapos. Não gosto quando algo me deixa desconfortável e eu sou impedida de falar a respeito. Gosto de desabafar mesmo, falar tudo o que eu estou sentindo na hora que acontece e resolver meus problemas com quem eles devem ser resolvidos.

O negócio é: eu sou assim. Eu, Maria Eduarda, resolvo tudo na conversa. Mas tem gente que não gosta. Tem gente que não toca em assuntos desconfortáveis, que não gosta de retomar situações que já acabaram, que engole sapos pelo bem da amizade por meio de brigar. Não é por maldade, é por ter mais paciência que eu e aguentar mais trancos que eu. E se as pessoas funcionam assim, quem sou eu para querer que elas mudem?

Então, esse ano eu entendi que não é preciso falar sobre tudo. Nem tudo é proposital para me incomodar, nem tudo é consciente e nem tudo que me incomoda incomoda aos outros. O negócio é refletir: estou magoada ou com o orgulho ferido? A conversa vai levar a algum lugar ou a uma briga? Vale o estresse? Se as respostas forem não, deixa pra lá. Melhor aprender a controlar meu gênio do que encher o saco de amigos por problemas que nem ao menos são problemas em primeiro lugar.

2. Crianças exigem paciência e disposição, mas elas são mil vezes mais sábias e abertas do que o resto de nós.
Trabalhei o ano inteiro com crianças (pré-adolescentes) na faixa dos 12 anos, e confesso que me surpreendi. Passado algum tempo ninguém lembra mais como é ter essa idade por se preocupar demais com as responsabilidades das novas idades, e, no fim, acabamos nos apegando aos "clichês" que os impacientes adultos repassam. Que crianças dessa faixa etária pensam que são mais inteligentes que todo mundo, que sabem o que é melhor pra elas, que são irritantemente insuportáveis e todo o resto.

Sinto informá-los, mas a verdade é que isso tudo é mentira. O pouco de insolência que cabe nessas criaturinhas ainda não é suficiente pra sobrepor todas as qualidades que eles têm. Eles são abertos a novas pessoas e novas possibilidades, aceitam mudanças com muita graça, têm uma quantidade enorme de amor dentro do peito e conseguem arrancar um sorriso de qualquer um. São barulhentos, falam que nem umas matracas e pegam intimidade no tempo que você leva pra piscar, mas te mostram um lado que você não encontra em jovem nenhum.

3. É mais fácil ser servido do que servir.
Esse item pode parecer meio óbvio, mas eu juro que a gente não percebe isso no dia a dia.

Nós estamos acostumados a deixar que os outros façam tudo por nós. Queremos que adivinhem o que sentimos, que falem o que queremos ouvir, que realizem nossos desejos e que não peçam nada em troca. Aceitamos amor de pessoas que nunca vamos amar porque é uma boa massagem no ego, recebemos presentes e favores sem intenção nenhuma de um dia retribuir simplesmente porque era conveniente, nos acomodamos em relações (não necessariamente amorosas) que não vemos futuro porque é simples, já que a pessoa está ali de todas as formas. Nós somos servidos todos os dias, mas raramente lembramos de nos colocar do outro lado.

É que, realmente, não é fácil estar do outro lado. Te garanto que não é simples amar aquelas pessoas mais difíceis, realizar tarefas sem que nos peçam ou que digam que precisam, fazer algo pela simples vontade de colocar um sorriso no rosto dos outros. Esse tipo de atitude não vem naturalmente, mas deveria, porque pessoas abertas a servirem fazem do mundo um lugar melhor.

(P.S.: pretendo explicar melhor a história do "servir" no post de Janeiro. Novamente, aguardem.)

4. Eu funciono melhor sob pressão, mesmo odiando ser cobrada.
Essa é menos espiritual e mais questão de autoconhecimento. Eu não sei fazer nada que não tenha uma data limite, porque se me deixarem solta para entregar quando for conveniente eu tenho dois extremos: faço tudo de uma única vez ou não faço nunca mais.

Isso é muito obviamente explícito aqui no blog. Quando estou inspirada, faço um texto por dia/semana, mas assim que a inspiração passa eu não dou as caras durante meses. Se houvesse algo me obrigando a escrever (aulas de redação, por exemplo, rs), gente, eu seria uma máquina de posts diários e atingiria a marca de 365 textos por ano facilmente. Mas ao definir o Entrelinhas como um passatempo, e não prioridade, eliminei qualquer possibilidade de manter uma rotina.

Só tenho rotina se valer nota.

5. Pessoas que não te dão valor não merecem permanecer na sua vida.
Esse é auto explicativo, mas foi com certeza uma das maiores reflexões que eu tive esse ano. Ninguém que não se esforce para estar na sua vida é ser uma presença constante merece sua atenção. Não corra atrás de quem não demonstra querer estar perto de você por "persistência" ou medo de estar sozinho. Ninguém vale tanto a pena assim.

A última, mas não menos importante, é a que mais me dá raiva nesse momento.

Ninguém soube promover Fallen e agora tá tudo errado nesse país. Uma sessão DUBLADA às 12h45? Sendo que estreou há duas semanas? Me economiza, por favor.


E vocês, quais lições tiraram desse tapa na cara apelidado de 2016?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Reclamar a gente reclama

O ano de 2016 foi péssimo pra 99% da população mundial. Acidente aqui, desastre lá, tiroteio por aí e muita energia pesada dominando esses 12 meses. É um consenso entre todas as pessoas (do twitter) que, a partir de 01/01/2017, daqui a 23 dias, nós começaremos a fingir que 2016 nunca aconteceu.

Foi um ano particularmente pesado para mim. Problemas familiares, estresse escolar e o último ano cada vez mais próximo fizeram cair a ficha de que, puts, o tempo tá passando, e não há nada que eu possa fazer a respeito. Exceto, talvez, amadurecer, mas deixa isso pro ano que vem, né? Agora já tá meio tarde.

Com a crise no Brasil e no mundo (não disse que tipo de crise), acho que dá pra generalizar dizendo que não tá fácil pra ninguém. Os perrengues mudam de gravidade mas causam rebuliço na vida de todo mundo, e, desanimados com a vida, sentamos na mesa do bar com um balde de cerveja na nossa frente para reclamar da vida e competir quem está na pior. Era mais ou menos aí que eu queria chegar.

Todo ano é "a mesma merda" (com o perdão da expressão) porque todo ano fazemos a mesma merda (perdão novamente). Todo ano começamos com toda aquela esperança de que vai ser melhor porque é fácil ter essa esperança no conforto da casa da praia quando não estamos nem trabalhando nem estudando, e lá pelas tantas de fevereiro, quando os problemas começam a chegar, desistimos completamente da positividade e enfiamos o pé na jaca da reclamação. E nessa onda de reclamar e não fazer nada para mudar, a bola de neve vai se acumulando e chega, ao fim de dezembro, maior do que deveria. Grande o suficiente pra esmagar a gente, nossa casa, o pé de amora no fundo do quintal e a churrasqueira do vizinho.

Estou começando a pensar que o problema não é nem nunca foi com os anos. Ano nenhum tem poder de controlar as merdas da nossa vida, mas a gente tem. A bola de neve de negatividade é nossa para a gente definir se vai rolar sem obstáculos até o fim do ano ou se vai ser interrompida de tempos em tempos pra não ficar grande demais. Não estou dizendo que a causa da bola de neve é nossa, porque ela se forma naturalmente, mas cabe a nós colocar árvores e pedras no caminho dela e evitar que deslize tão facilmente pela nossa vida.

Nessa primeira parte do especial de fim de ano que eu sempre apareço para fazer porque sou a maior cara de pau que vocês respeitam, fica aqui minha primeira resolução pra 2017: positividade. A merda rola, mas eu posso muito bem espirrar um Glade para encobrir o cheiro.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Item 48: riscado

Estou aqui apenas para dizer que: risquei o item 48 com sucesso.

É como diz o ditado: meu Deus do céu, o que foi que eu fiz??
Vontade de cortar não faltava. O principal motivador foi minha ideia de doar (por isso cortei 20 cm, apesar de sentir na alma que foram 150 km), mas o acampamento desse feriado agravou minha necessidade de tosar a juba. Sobre o acampamento eu falo mais tarde.

Não tenho foto bonitinha pra postar no momento, mas ele está acima do ombro. Batia na cintura. É.

Minha dica para todos que passam pelo dilema "corto ou não corto?" é: cabelo cresce. Você pode raspar, descolorir, pintar de roxo, cortar franjinha... O que quiser. Ele volta ao normal, eventualmente. 

Se joga!

sábado, 14 de maio de 2016

Síndrome de meio de ano

Fim de ano é o período em que a gente larga os bets e pensa "tá acabando mesmo, ano que vem eu tento de novo". Janeiro é o período em que a gente recuperar as forças pra tentar de novo. Em fevereiro está todo mundo bem, feliz, com ânimo pra viver e a mão de mudar a vida chega a tremer.

Esse pique de início de ano só dura, bom, no começo do ano. Porque lá por maio já está todo mundo cansado, com frio, cheio de dor nas costas e muito sono acumulado. Estudantes contam os dias pras férias de julho. Quem não estuda já chora esperando pelo próximo feriado. Mas ainda é cedo demais pra largar os bets, então a gente vai levando.

Eu nunca tive o hábito de estudar. Desde pequena sou acostumada a só reler o conteúdo um tempinho antes da prova e fé em Deus que é sucesso. Dependendo da matéria, quando me dá ânimo, eu até faço um resumão na noite anterior. Mas ter rotina de estudo? Nah. Não nasci pra isso.

Todo mundo passa por essa fase de não nasci pra estudar e leva um tapa na cara quando começa a sentir cheiro de ENEM e vestibular na sala de aula. Todo mundo está acostumado a empurrar com a barriga pro último dia e leva um choque de realidade quando, de repente, até o mais parceiro dos professores não consegue parar de falar do vestibular da Federal.

A gente entra no Ensino Médio pensando "tenho tempo". Passamos o 1º ano ouvindo "calma, ainda tem três anos". E a gente acredita nisso. Empurra com a barriga. Chegamos no 2º pensando "ainda tem esse e o próximo". Passamos um mês, talvez dois acreditando nisso. Mas lá por abril, a coisa muda de figura. É um tal de "não deixa pro terceirão", "estuda agora", "se for deixar pra última hora você não vai passar", "fazer um bom 2º ano é fundamental", "eu queria ter estudado mais no 2º", "estuda mesmo, eu to usando os resumos do ano passado pra estudar". Quê? Volta. Rebobina a fita. I didn't sign up for this.

Quando o bafo de onça do tal do vestibular bate na nossa cara, não tem despreocupado que não se preocupe. Não tem quem não faça competição pra ver quem estuda mais. Não tem quem você não encontre à tarde, nos plantões, porque ninguém tá sabendo de nada e tá todo mundo f. Desculpem pela expressão.

Eu nunca tive o hábito de estudar, apanhei de havaianas de pau já no primeiro trimestre e agora caiu a ficha que não dá pra empurrar com a barriga. Ano passado deu. Esse ano o número de recuperações que eu peguei no 1º ano inteiro está prestes a ser superado pelo número de recuperações em que eu estou agorinha.

Nunca tive o hábito de estudar, tive que aprender na marra e consegui sobreviver a semana estudando todos os dias. Digo, sobrevivi parcialmente. Porque já é maio, estou longe de poder largar os bets, mas as férias estão tão pertinho...

P.S.: O banner está como "Entrelinhei" mas o blog continua se chamando Entrelinhas. É que a lesa não percebeu o typo e esqueceu de avisar a designer. A vida tem dessas.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Deixa as mina

Como a boa problematizadora que sou, simplesmente não podia deixar passar em branco a bola fora que a revista Veja  deu nessa semana.

Para começo de conversa, você nem precisa ler o texto em si pra sentir que está sendo sugada até a Idade Média. O subtítulo da reportagem já traz uma bomba de ideais ultrapassados: "A quase primeira-dama, 43 anos mais jovem que o marido, aparece pouco, gosta de vestidos na altura dos joelhos e sonha em ter mais um filho com o vice".

Pera. Quê?

Antes de prosseguir para a problematização, vou deixar alguns trechos da reportagem para que reflitam comigo.

"Marcela se casou com Temer quando tinha 20 anos. O vice, então com 62, estava no quinto mandato como deputado federal e foi seu primeiro namorado."

"Marcela é uma vice-primeira-dama do lar. Seus dias consistem em levar e trazer Michelzinho da escola, cuidar da casa, em São Paulo, e um pouco dela mesma também (nas últimas três semanas, foi duas vezes à dermatologista tratar da pele)."

"Michel Temer é um homem de sorte."

Não vou envolver política no meio porque esse link cada um dá conta de fazer sozinho.

A reportagem inteira tenta vender Marcela Temer como a mulher perfeita. Recatada, dona-de-casa, casou jovem com o primeiro namorado que teve, preocupada com sua estética. Michel Temer é um cara de sorte de ter esse tipo de troféu dentro de casa.

Mas e se ela não quisesse ser assim?

E se ela gostasse de usar roupas mais extravagantes? E se gostasse de trabalhar fora, talvez na política como o marido? E se tivesse namorado 17 caras antes de encontrar o que ela finalmente julgasse perfeito para casar? E se ela não se importasse com estética?

Se Marcela Temer fosse diferente, Michel Temer não teria tanta sorte assim?

Não existe a mulher perfeita. Existe mulher de um jeito, mulher de outro, todas são perfeitas e todas são mulheres. Nenhuma é melhor que a outra. Nenhuma deveria ser mais como a outra. E nenhuma definitivamente deveria se sentir inferiorizada por não ser tão parecida com a outra.

A Veja pecou ao fazer um texto para vender uma imagem que a gente já deveria ter deletado há muito tempo. Mulher não presta só quando está em casa, só quando é dona-de-casa, só quando é o troféu perfeito. Mulher não é comida para prestar, para ter validade, para ter jeito de ser. Mulher é ser humano com sentimentos, com ambições, com consciência. E a mulher pode sim querer ser Marcela Temer, assim como pode querer ser Kim Kardashian, Maria Eduarda de Oms, Julia Souza, Rafaella Gonzales ou qualquer outra mulher de qualquer outro nome que você consiga pensar.

Mulher é como mulher quer e se você tá incomodado, faz um robô e configura ele pra ter as atitudes que você julga ideais.

E, pelo amor de Deus, deixa as mina.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Das vezes que você entendeu errado

Existem pessoas e pessoas. Eu sou uma pessoa que não leva a sério sarcasmo nem ironia (a não ser que o comentário em questão tenha sido feito com o intuito de me ofender ou ofender alguém que eu gosto), e uso dessas figuras de linguagem livremente. Não porque quero ser grossa, mas porque sei lá. Dá vontade. Nem sempre dá pra segurar.

Mas aí você entende errado.

A pessoa liga no telefone fixo e pergunta "tá em casa?". Eu respondo "não, resolvi levar o telefone pra passear". A pessoa fica brava. Tive o intuito de ser grossa? Não tive. Fui? Não pra mim. Pra ela eu fui.

É cansativo ter que pensar o tempo todo em como vou falar com as pessoas porque elas podem se ofender. Umas não ligam para sarcasmo e ironia, inclusive também usam essas figuras de linguagem livremente, mas outras ligam sim. E fica chato ter que pensar com quais pessoas eu posso ser ironica e quais levam muito a sério e choram no banheiro, porque não quero ofendê-las. É chato ter que ficar policiando seu jeitinho pra agradar a gregos e troianos? É. 

Mas é mais chato ainda ter que se explicar para o grego que não está acostumado com seu jeitinho troiano de ser.

O negócio é adotar o deboísmo. Rir da ironia da pessoa quando você sabe que é apenas piada (porque ninguém leva o telefone pra passear, mas, francamente, precisava ter perguntado?), dar uns tapa quando ela fala por maldade, soltar os comentários quando você acha que o clima tá leve e ninguém vai levar a mal e respirar fundo contando até dez quando chegar a vontade insuportável de dar aquela espetada na amiga lenta que tá conversando com você.

Aliás, o negócio é sempre respirar fundo e contar até dez. É chato? É. Mas antes engolir o sarcasmo e deixar pra destilar seu veneno pelo twitter do que soltar na hora e se arrepender pelo resto do dia.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

TAG: Descobrindo novos blogs

Diminuí o ritmo nas últimas semanas, mas juro que não morri. É que o número de posts nos rascunhos é tão grande que eu nem penso em escrever mais, risos.

Mas vamos lá.

Quem me indicou a essa tag foi a lindona da Beca, do Café de Beira de Estrada

Regras

→ Agradecer a indicação, colocando o nome e o blog da pessoa que te indicou;
→ Responder às perguntas abaixo;
→ Indicar até 10 blogueiros para responderem a TAG e avisá-los do convite;
→ Formular 10 perguntas para os blogueiros responderem;
→ Deixar o link da TAG respondida nos comentários.

Perguntas que recebi

1. Qual é a sua bebida favorita?
Coca cola, provavelmente. Nos últimos dias eu só tenho bebido coca e água.
2. Se o mundo fosse acabar amanhã, o que você faria agora?
Mandaria a real pro crush HAHAHA. Se o mundo vai acabar, não tenho nada a perder, né?
 
3. Que música melhor te define?
Nunca parei para pensar nisso, na verdade. Minha música preferida de todos os tempos é Payphone, do Maroon 5, mas não tenho certeza se é a que melhor me define.
4. O quão fácil é te fazer sorrir?
Qualquer piada boba e vídeo de cachorrinhos me faz sorrir.
5. Como seria o relacionamento dos teus sonhos?
Estável, em que a confiança nunca é abalada e o respeito é mútuo. De preferência uma relação que não me deixe ansiosa para ver a pessoa como se sempre pudesse ser a última vez, mas sim algo que me dê a sensação de que nós podemos passar dias sem nos ver que as coisas continuarão iguais.
6. Se você pudesse dar vida a um único personagem da ficção, qual seria?
A Jinx, de Sorte ou Azar. Renderia umas conversas legais.
7. Qual foi o melhor presente que você já recebeu?
Meu cachorro.
8. Qual o seu talento secreto?
Não tenho nenhum que seja secreto haha
9. O que te tira do sério?
Falsidade e a palavra "pala".
10. O que é felicidade para você?
Estar tão bem que qualquer coisa me faz dar risada e as horas parecem passar voando.

Perguntas feitas por mim

1. Qual personagem de qual série/filme é mais parecido com você?
2. Se você pudesse reviver 3 momentos da sua vida, quais seriam eles?
3. Uma coisa que você sente falta.
4. Uma coisa que você fica feliz ao lembrar que já acabou.
5. Qual sua comida preferida?
6. Se você tivesse a oportunidade de passar um dia com uma pessoa (famosa/distante), quem seria?
7. Se você só pudesse ouvir um artista pelo resto da sua vida, qual seria?
8. Um lugar que você gostaria de poder visitar.
9. Um livro que você nunca vai conseguir vender/doar.
10. Uma memória que você gostaria de poder deletar.

Indicados 

Como eu não conheço 10 blogs que ainda não tenham respondido a tag, não vou conseguir indicar. Fica aqui em aberto para todos os leitores que quiserem participar, é só deixar nos comentários o link do blog/postagem.

Beijão!
 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Precisamos falar sobre adolescência (e as tentativas de corrompê-la)

É de conhecimento geral a declaração polêmica feita pelo (agora) ex-BBB Laércio a respeito de namorar meninas de 16 e 17 anos. Na casa, a única participante a falar algo sobre isso foi Ana Paula, fato que não foi bem-recebido por quase ninguém de dentro (e fora) do programa.

Eu obtive dois tipos de reação quando contei esse fato para as pessoas. Algumas me disseram "que nojo, ele é pedófilo"; e outras responderam "e ele gostar de mulher mais nova o torna pedófilo?" (infelizmente, não, eu não respondi que uma das "mulheres mais novas" tem a minha idade).

Não sei se é porque adultos gostam de fingir que nunca foram adolescentes e preferem ignorar a parte do cérebro que lembra como era a fase, ou se é porque eles realmente não lembram como era, mas o negócio é: ninguém parece se tocar de como isso afeta as meninas em questão.

(Friendly reminder: o que eu estou prestes a fazer não é uma análise psicológica profissional, apenas uma análise feita por alguém que está passando pela adolescência e sabe qual a sensação.)

Adolescência é uma fase de transição. Ao mesmo tempo que ainda temos uma cabeça um tanto quanto infantil, sentimos a necessidade de agir com uma maturidade que às vezes nem mesmo existe. Essa necessidade não parte unica e exclusivamente de nós. Ela surge quando tudo ao nosso redor cobra de nós um comportamento mais maduro.

Começa a cobrança para pensar no futuro. Vestibular, ENEM, faculdade. Emprego. O que você quer ser quando crescer? O que pretende fazer quando sair da escola? Se não souber, eu te indico uns testes vocacionais. Você vai à feira de profissões desse ano? Você combina com Direito. Você devia fazer arquitetura. Tem certeza? Medicina não faz muito sua cara, não. Quer ser professor? Isso não dá dinheiro. 

É cobrado de um adolescente de 17 anos que ele saiba o que pretende ser durante o resto da sua vida. Um adolescente, que ainda precisa estar acompanhado de um maior de idade para entrar em alguns shows e festas. Que ainda precisa de autorização para viajar. Que precisa pedir permissão para ir ao banheiro.

Essa cobrança faz com que o adolescente sinta que precisa se mostrar maduro. Precisa mostrar que é adulto, resolvido e dono da própria vida, que sabe o que está fazendo e sabe como agir e lidar com as consequências. Mas, como eu já disse ali em cima, é uma fase de transição. A cabeça infantil ainda está presente.

Durante a sua adolescência, pense em quantas vezes você não foi influenciado por outras pessoas. Seu posicionamento político partia das suas próprias pesquisas ou da opinião dos seus pais? Você costumava gostar (ou desgostar) de alguém com base no que terceiros te diziam? Você, alguma vez, já fez papel de "maria vai com a outras"?

Aí começa a famosa "rebeldia adolescente".

Diferente do que pensam os que saíram dessa fase, adolescentes não se rebelam para incomodar. Para encher o saco. Para dar dor de cabeça. Batemos de frente com adultos não para gerar confusão, mas para mostrar que sabemos o que estamos fazendo. Que somos donos do nosso próprio nariz. Que não precisamos de ninguém nos dizendo o que fazer, porque somos plenamente capazes de agir por conta própria.

E não precisa ser adolescente para saber que isso tudo é balela.

Então juntem esses fatores. A rebeldia, a ingenuidade e a necessidade de demonstrar maturidade. Pensem numa criança agindo como se fosse adulta e responsável, mas sendo extremamente manipulável.

Agora pensem num senhor de 53 anos, todo "descolado", passando a imagem de romântico e zen. Ele aborda a adolescente de 16 anos num "rolê". Fornece bebidas, fala sobre memes e até finge gostar de Lady Gaga só para criar assunto.

Temos um conflito.

De um lado, a adolescente percebe (até de forma inconsciente) a chance de bater de frente com adultos. Afinal, é bem comum que pais queiram regular que tipo de rapazes (ou moças) seus filhos namoram. E apenas uma minoria deles aprovaria uma menina de 16 anos saindo com um homem de 53.

Por outro lado, ela é ingênua. Manipulável. Ela gosta de ser tratada dessa forma. Ele é mais maduro que os meninos de sua idade. E ele pode, de várias formas diferentes, tirar proveito da situação (e da garota).

Preciso continuar?

Adolescentes se envolvem com adolescentes. Adultos se envolvem com adultos. Uma relação entre adolescentes e adultos onde a diferença de idade é de quase 40 anos, me perdoem, mas não é certa ou saudável. E nós não precisamos falar de leis para saber disso.

(Tem um episódio de Modern Family em que a Haley sai com um homem de 40 anos para bater de frente com o Phil, mas eu não lembro qual é e estou com preguiça de procurar. Então, de encerramento, fica esse tweet brilhante:)


domingo, 31 de janeiro de 2016

Cinco formas de complicar tudo da pior forma possível

  1. Se odeie. Quando se olhar no espelho, faça questão de destacar apenas aquilo que há de pior em você, e engula qualquer elogio que surgir em sua mente. Lembre-se: você não deve ter amor próprio.
  2. Coloque o bem-estar de outros acima do seu próprio. Quando estiver num relacionamento afetivo, busque sempre priorizar o outro. Está tudo ruim porque seu namorado não tem controle sobre as próprias emoções e costuma botar o peso do mundo nos seus ombros? Não termine a relação. Sua namorada tem ciúmes até da sua sombra e a falta de confiança nela em você está começando a prejudicar sua vida fora do namoro? Permaneça com ela. Lembre-se: além de ter que lidar com seus próprios problemas, você sempre deve resolver os dos outros também.
  3. Deixe que as pessoas te usem para alcançar os próprios objetivos. Não seja ambicioso, não siga seus sonhos. Sabe aquele colega que usa suas conexões para subir na vida? Deixe que ele faça isso. Sabe aquela pessoa que finge ser sua amiga porque está interessada em alguém próximo de você? Não se afaste dela. Lembre-se: colocar sua vida em primeiro lugar é o pior erro que você pode cometer.
  4. Quando sentir a necessidade de fazer algo que parece um tanto trabalhoso, deixe a preguiça falar mais alto. Esse ponto é importantíssimo! Seu desejo profundo de visitar os parentes que moram do outro lado do país deve ser superado pela falta de vontade de organizar a viagem. Quando te der vontade de ir para uma das festas que seus amigos te falam tanto, foque na sua preguiça de se arrumar de forma adequada. Lembre-se: qualquer coisa que te dê o mínimo de trabalho, mesmo que você saiba que te fará bem, deve ser evitada.
  5. Querer ser feliz em meio a uma situação ruim é egoísmo. Quando estiver acontecendo algo de ruim na sua vida, você deve permanecer triste até que ela acabe. Se a situação ruim não tiver fim, como a morte de um parente, você não deve ficar feliz. Não pense no seu bem-estar emocional, não tente ver o lado bom da situação, não queira seguir em frente com a sua vida. Lembre-se: se existe alguém sofrendo ao seu redor, você deve sofrer junto. Mesmo que saiba que a pessoa jamais faria o mesmo por você.
 Siga essas dicas à risca, e você nunca mais terá uma vida descomplicada!

Esse post surgiu do item 88 da lista de "642 coisas sobre as quais escrever". Adaptado.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Ed Sheeran book tag

Depois de terminar de fazer o último post de tags, eu corri para encontrar mais tags pra responder. Se eu soubesse que era tão legal assim, gente, teria entrado nessa vida há muito tempo.

(Ok, momento da verdade: eu tenho, mais ou menos, 3516484767 posts de tags nos rascunhos apenas esperando para serem publicados. É conteúdo pro ano inteiro e deve sobrar pra 2017, pessoal. Se tudo der certo, esse ano eu faço o BEDA e deixo algumas tags pra agosto, ou eu nunca mais vou precisar responder nada no Entrelinhas, porque a gente tem post pra sempre.)
1. Take it back: um livro que você se arrependeu de ter comprado.
Sem sombra de dúvidas, Guerra dos Tronos, do George R. R. Martin. Pra quem não sabe, esse é o primeiro livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo, que recentemente (leia-se: há cinco anos, mas isso é bem recente pra mim) foi transformada em série.
Acredito quando me dizem que o livro é maravilhoso e que a adaptação também vale muito a pena. Não ligo quando amigos começam a conversar animadamente sobre qualquer coisa que aconteça durante a história. Sorrio quando vejo alguém marcando outro livro da coleção como lido no Skoob. Mas não adianta, gente. Não houve química entre nós.
2. One: o primeiro livro que te marcou.
Como todo mundo já espera (ou não), a resposta é O Ladrão de Raios, primeiro livro da saga Percy Jackson & Os Olimpianos. Claro que eu me lembro de outros títulos lidos antes desse, mas não há nenhum que eu seja capaz de contar, capítulo por capítulo, o que acontece - coisa que eu sou capaz de fazer com todos os livros de Percy Jackson. 

3. Kiss me: um livro que tenha um personagem que você se apaixonou loucamente.
O Resgate do Tigre, segundo livro da série A Maldição do Tigre, de Colleen Houck. Caí de amores por Kishan, o irmão selvagem e romântico do protagonista.
(Abro um parênteses para alertar que eu recomendo, sim, esse livro, mas nem tanto. É bem clichê e a mitologia não é tão trabalhada quanto poderia. Mesmo assim, eu li aos 13 anos e me apaixonei perdidamente.)
Precisei me segurar para não citar o Leo de Fazendo Meu Filme, porque esse livro já será citado num dos próximos itens. Fica aqui o shout out, no entanto.

4. The A Team: um livro que faz parte do seu top 5 da vida.
Vale citar o top 5 inteirinho? Se não valia antes, agora vale.
1) Sorte Ou Azar?, Meg Cabot.
2) A Maldição do Titã, Rick Riordan. (De todos os livros de PJO, esse é o meu favorito)
3) Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, J. K. Rowling. (De todos os livros de HP, esse é o meu favorito)
4) Fazendo Meu Filme 4, Paula Pimenta. (De todos os livros de FMF, esse é o meu favorito)
5) Em Chamas, Suzanne Collins. (Vocês entenderam)
SOA é, com toda a certeza, o primeiro. Depois dele, a ordem não importa muito, amo todos igualmente.

5. The City: um livro que se passa em alguma cidade que você ama
E aqui está o item de Fazendo Meu Filme
O segundo livro da coleção se passa na cidade de Brighton, na Inglaterra. Acho o lugar muito bonito e morro de vontade de conhecer - inclusive tenho uma história habituada lá, mas isso é segredo.

6. One Night: um livro que você virou a noite lendo.
Harry Potter e As Relíquias da Morte. Entrei no quarto chorando porque era o último livro da saga e só parei de ler, aproximadamente, às 6h da manhã, chorando ainda mais e sem tem certeza se superaria aquele final.

7. Let it Out: um livro que assim que acabou fez você sentir que precisava conversar com alguém sobre.
Os 13 Porquês, de Jay Asher. Quando terminei o livro pensei em escrever um post sobre, mas não me veio nada e eu acabei deixando quieto. Só sei que, durante umas boas semanas, tudo que eu conseguia pensar era em como nossa vida pode afetar a dos demais, mesmo quando não temos essa intenção. Foi a primeira vez em que eu realmente parei para pensar no que estava por trás da história.

8. You Break Me: um livro que te deixou bem mal.
A Esperança, da Suzanne Collins. Me deixou muito mal porque além da Katniss ter perdido tudo e todos, ela ficou meio pancada da cabeça e se obrigou a casar com o Peeta e ter filhos, simplesmente porque parecia certo ou porque ele queria. Isso acabou comigo.

9. Smile: um livro que te deixou bem feliz.
Claro, óbvio, que foi Sorte Ou Azar?. Eu começo aquele livro com um sorrisão na cara, derrubo algumas lágrimas no processo e depois termino rindo que nem boba, com o coração mais leve. Não é à toa que esse lindinho leva o título de meu livro favorito.

10. I Can't Spell: um livro ou autor que você não consegue pronunciar o nome.
O nome da Sarah Pinborough, autora da trilogia Encantadas. Juro pra vocês que nem sei por onde começar a falar o nome dela.

Como essa tag é relativamente nova, vou indicar três pessoas que ainda não fizeram: Ana, Analu e Beca. Quem quiser fazer mesmo sem a indicação, fique a vontade. Quanto mais gente, melhor!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Oito anos

Querida eu aos oito anos de idade,

Agora, com o dobro de sua idade, eu vejo as coisas de maneira completamente diferente.

Em primeiro lugar, o teatro não é a sua vida, e você não vai continuar nele até se formar no colégio. Na verdade, ao longo dos próximos anos, você pensará diversas vezes em desistir. Vai ter desentendimentos com o professor (o último deles te levará a sair), com atrizes que continuarão até depois de você resolver parar e com colegas que verão que teatro também não é a vida delas. Quando perceber isso, tente não se sentir mal por estar jogando tantos anos fora. Depois de algum tempo, não fará mais tanta diferença.

Pessoas vêm e vão na sua vida. Algumas parecem que chegam e durarão a vida inteira, mas não passam de meras figurantes. Outras, você nem pensa a respeito, mas em breve se tornarão mais importantes do que você imagina. Sua melhor amiga vai embora em poucos meses, mas vocês continuarão se falando (mesmo que circunstâncias as afastem durante anos), mesmo que a frequência diminua com o passar do tempo. O seu crush atual vai virar seu amigo, e depois desaparecer (de maneira figurada). Ah, essa palavra, crush, você vai aprender num futuro um pouco distante. Acho que me precipitei ao colocá-la aqui.

Por falar em paixonites, a primeira que você teve não te levou a lugar nenhum. Ainda não aconteceu, só veio aos 9 anos, mas também não vai durar tanto tempo assim. Depois de um tempo vocês vão se afastar e se tornarão completos estranhos, mas você não vai ligar para isso. De uma maneira que apenas nós entendemos, essa distância te fará bem. Pouco a pouco, você vai parar de ligar.

Você está prestes a atravessar anos duríssimos. Queria te dizer para ser forte, mas acho que isso é demais para uma criança tão pequena. Problemas surgirão, e você vai ter que lidar com ele. Para não dizer nada errado, te digo apenas para ser você.

Por fim, quero avisar de antemão que o Ensino Médio não é tudo aquilo que você sempre sonhou. Na verdade, a adolescência num geral não chegou nem perto de atingir as suas expectativas. Mas você vai aprender muitas coisas importantes e conhecer muitas pessoas valiosas, o que até te ajudará a passar por esses péssimos anos. Viva cada coisa no seu tempo.

Às vezes, queria voltar para essa época. Mas acho que não dá mais tempo.

Com carinho,

Você.
Esse post surgiu do item 96 da lista "642 coisas sobre as quais escrever".

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Gentileza é fundamental

Quando eu estava na quinta série, meu professor de Filosofia passou essa música do Lenine em sala de aula e fez uma super reflexão a respeito dela. Durante todo o ano e em algumas séries seguintes, gentileza foi um tema bastante abordado em várias matérias, e sempre rendeu altas discussões cheias de exemplos pessoais e reclamações. Acho que qualquer pessoa que tenha estudado comigo estremece só de escutar "all my life I've been waiting for...", porque é impossível não lembrar do vídeo lindo e sentir um calorzinho no peito. E não acho que eu seja a única que ainda não superou o filme A Corrente do Bem, que nós assistimos numa manhã e me fez chorar durante um bom tempo.

Mas claro que não era sobre isso que eu queria falar.
Era sobre isso que eu queria falar.

Eu sou essa pessoa que segura a porta aberta quando vê que mais alguém vai entrar junto, ou quando está com amigas e deixa elas passarem na frente, ou quando está saindo de um lugar e percebe que tem gente entrando (e vice-versa). Eu sou essa pessoa que fica agradecida quando alguém faz o mesmo por mim, porque gentileza nunca é demais e sempre melhora nosso dia.

Mas gentileza só pode ser considerada uma gentileza quando é feita sem segundas intenções, naturalmente, apenas para ajudar uma pessoa ou facilitar a atividade dela mesmo que seja uma desconhecida.

Gentileza é tipo caridade. Você não deve fazer esperando algum retorno, porque não é esse o espírito da coisa. Você deve fazer porque não custa nada segurar o elevador para o moço que está cheio de sacolas de mercado, porque você só vai gastar um segundo se segurar o portão do prédio e deixar aquela família sair antes de você entrar, porque é desnecessário entrar no banheiro da escola e soltar a porta na cara da sua amiga que estava te acompanhando. 

Essas pequenas atitudes educadas nós não devemos fazer esperando despertar o interesse da pessoa que nos acompanha. Não são feitas para facilitar seu caminho até as roupas íntimas de alguém. São apenas pequenas ações no dia a dia que nós realizamos para transformar o mundo num lugar melhor, começando nesses ambientes familiares que frequentamos todos os dias.

Gentileza é fundamental. Mas gentileza feita para conseguir algo em troca não é educação, é só oportunismo.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Latinos não são megafones. Favor não confundir.

Deviam ter colocado Luke num banquinho. Metade da cara dele sumiu.
 Eu sou apaixonadíssima por Modern Family. Quero começar o post apontando isso para que não vejam o que eu estou dizendo como a visão de uma hater sobre a série, e sim que levem tudo como a visão de uma sobre a série.

Fazendo jus ao nome, Modern Family conta a história de uma família moderna que possuí três núcleos: os Dunphy, que são Claire (a mãe), Phil (o pai) e os três filhos Haley, Alex e Luke; os Tucker-Prichett, que são Mitchell (Prichett, irmão de Claire), Cameron (Tucker) e a filha adotiva deles Lily; e os Prichett, que são Jay (pai de Claire e Mitchell), Glória (segunda esposa de Jay) e Manny (filho de Glória). Os episódios seguem situações vividas pela família tanto em suas vidas pessoais quanto no âmbito familiar.

Agora vamos ao que interessa. Glória é uma mulher colombiana, interpretada por Sofía Vergara, e descrita durante a série como cabeça quente, dramática e "gritalhona". Inclusive, Glória diz que é loud porque é latina. 

(Abro um parênteses aqui para apontar que a própria atriz ajudou na construção da personagem, já que os roteiristas não souberam fazer a pesquisa completa, e está 100% de acordo com os estereótipos. Uma pena que a maioria das outras pessoas não está.)

Em mais de um episódio, Glória demonstrou tomar decisões precipitadas em diversas situações porque seu sangue ferve com facilidade. Ao falar no telefone com parentes, ela tem o costume de gritar e ofender a eles com palavrões em espanhol. Quando descrevem a cultura da Colômbia, dão ênfase especial nas partes agressivas. Perdi a conta de quantas vezes Glória diz que lidava muito com traficantes (por exemplo) em seu país. Isso sem contar que a personagem em si é extremamente sexualizada, e alvo de muitos comentários machistas vindos de outras mulheres (geralmente da Claire).

Basicamente, o povo latino - e vale aqui lembrar que é chamado de latino quem é ou descende de países latino-americanos, incluindo brasileiros - é passado como um monte de traficantes/criminosos/vândalos, que provém de países com cultura estranha (como é bem destacado num episódio de Natal em que Jay ofende as práticas natalinas colombianas que Glória tenta trazer para a casa) e gente esquisita. 

Ah, e a Glória também é descrita como péssima motorista. Coincidência, né?

Não preciso dizer o quão ofensivo e prejudicial essa imagem é para nós, certo?

Um estudo feito pela National Hispanic Media Coalition a respeito desses estereótipos aponta que muitos não-latinos nos Estados Unidos usam termos como "menos educados" para descrever os latinos que lá residem, além de acreditarem que eles têm filhos demais (como se fosse problema de alguém além dos pais), se recusam a aprender inglês (como se fosse problema de qualquer um além deles mesmos) e tiram o trabalho dos americanos (acho que não vivemos no mesmo planeta). Essas ideias são frequentemente repassadas pela mídia, e abraçadas facilmente pela população.

Num dos únicos episódios que a série fez "tentando" desconstruir a ideia negativa que todos tinham da Colômbia, Jay aparece para Glória com duas passagens para a cidade natal dela e se mostra disposto a colocar de lado os estereótipos e conhecer a cultura colombiana pessoalmente. Logo em seguida, Glória aparece dizendo que não queria fazer aquela viagem, porque tudo o que Jay via de negativo em sua cidade era real.

Além da série tratar xenofobia como piada diretamente, faz isso também de forma indireta com a personagem Lily, filha de Cameron e Mitchell. 

Lily aparece já no piloto de Modern Family como a filha adotiva vietnamita dos Tucker-Prichett. Nas primeiras temporadas, ela foi interpretada pelas gêmeas Ella & Jaden Hiller, mas por decisão dos pais das meninas ambas foram substituídas por Aubrey Anderson-Emmons na terceira temporada.

Num episódio, Lily é convidada para fazer parte de um comercial e Cameron e Mitchell vão às gravações. Lá, eles percebem que a coisa toda é só uma grande ofensa à cultura japonesa, e Cam dá uma super lição de moral nos produtores dizendo, entre outras coisas, que aquilo tudo era um tanto racista e que "lily é vietnamita, não japonesa" e que o diretor não saberia a diferença porque via as duas crianças como "estereótipos intercambiáveis", não seres humanos.

E então ele vai até o palco onde Lily e um garotinho estavam sentados, pega a criança e sai.

Exceto que ele pega a criança errada.

Num dos únicos episódios em que a série teve a chance de demonstrar que os asiáticos não são todos iguais e racismo não é piada, obviamente a parte importante foi transformada em piada.

Esse episódio, em que Cameron diz exatamente que "lily é vietnamita, não japonesa", é um dos que me deixa mais chateada na série inteira. A intenção de demonstrar aquilo que eu disse, que asiáticos não são todos iguais, foi por água abaixo muito antes do roteiro sequer estar pronto. Foi por água abaixo na escalação das atrizes que interpretariam a Lily.

Os pais das gêmeas Ella e Jaden contaram numa entrevista à Woman's Day que viram um anuncio no Craigslist procurando por gêmeas idênticas asiáticas. Nessas palavras.

Ella e Jaden são descendentes de filipinos, e Aubrey (que substituiu elas) possuí ascendência coreana. Essa escolha de atrizes fez com que qualquer tentativa de derrubar certos estereótipos a respeito de asiáticos virasse uma grande ironia. Uma grande piada.

Me dói ver que uma série tão fofinha, com tanto potencial para quebrar tabus, tenha acabado por se tornar um poço de xenofobia e preconceito, que ultrapassa a barreira racial e atinge vários outros assuntos. 


Não quero me prolongar demais no post que já ficou bem maior do que eu esperava, então vou problematizar a falta de representatividade negra, o machismo e os estereótipos ofensivos a respeito de gays e lésbicas numa outra oportunidade. Deixo aqui essa postagem para expressar minha raivinha ao ver temas sérios sendo tratados como piada pela mídia. Tantos programas por aí têm oportunidades perfeitas para conscientizar a população, mas preferem usá-las para satirizar pessoas porque isso não faria com que eles perdessem audiência. 

Para não dizer que não falei das partes boas, deixo vocês com esse gif gracinha da Alex e da Haley, as duas irmãs mais fofas de Modern Family.

Se juntassem as duas numa pessoa só, dava eu.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Eu quero te amar

Ou: por favor, facilita as coisas pra mim e fica mais legal. Não quero desistir.

Ganhei 7 livros de natal. A trilogia de Halo, a saga Encantadas e um livro chamado As Treze Relíquias que no Skoob é marcado como o livro um de uma saga, mas já está fazendo aniversário de 3 anos e claramente não terá nenhuma continuação. 

Como eu estava ansiosíssima para ler Halo há tempos, foi o primeiro livro que abri em 2016, ainda no dia 1º. Fiquei animadíssima quando vi que a narração contrastava maravilhosamente com a de Belo Desastre, que foi meu último livro lido em 2015 (aliás, detestei), falando bastante da personagem, seu psicológico e fazendo muitas comparações da vida dela na Terra com a vida no Céu. Achei a mitologia muito bem construída e estava adorando tudo.

Para não dar spoiler desnecessário, vamos apenas dizer que, depois de uns 20 capítulos na mesmice, a autora finalmente decide colocar um elemento para deixar a história interessante e falha nisso. Falha miseravelmente.

Em português simples: amei a história, odiei o livro.

Como eu não queria desistir na metade e achava que as coisas melhorariam, terminei de ler o livro (levei 5 dias no total, mais do que o dobro de Belo Desastre) e já pulei para o segundo. Sabe quando o desespero para amar um livro é tão grande que a gente se obriga a ler durante horas para ver se sai do lugar? Porque talvez não tenha dado o clique ainda, mas, se eu tentar com mais vontade, talvez a gente se engate numa relação maravilhosa e faça valer a pena.

Agora devo estar no capítulo 5 ou 6, nem na página 100 ainda, com vontade de jogar o livro pela janela porque (não posso falar o motivo mas vamos fingir que eu contei) mas não pensando em desistir. Depois desse temos apenas mais um, e aí eu posso passar uns dias mergulhada em Gregório Duvivier que é pra ver se meu ânimo melhora.

Já comecei o ano fazendo ótimas escolhas, vejam só.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Taylor Swift book tag

Ou: postando com dois anos de atraso simplesmente porque deu vontade.

Uma das minhas resoluções de ano novo foi variar mais os temas dos posts do blog. Para iniciar essa árdua tarefa de parar de reclamar da vida e começar a dar conteúdos mais interessantes, escolhi uma tag bem antiga (lá de meados de 2014) mas que homenageia duas paixões: Taylor Swift e livros.

(Abro um parênteses para deixar claro que eu sei muito bem que minha fave é problemática, ninguém precisa tocar nesse assunto nos comentários. Afinal, aren't we all?)

Red (escolha um livro com a capa vermelha): escolhi Fazendo Meu Filme 2, da Paula Pimenta (que em fotos não parece tão vermelho assim, mas eu juro que é).

We are never ever getting back together (um livro ou série que você estava amando, mas que depois você decidiu que queria "terminar" com ela): eu tinha duas séries para citar, mas vou de Os Imortais, da Alyson Noel. Li os três primeiros, lá em 2012, e depois perdi toda a vontade. A história começou a ficar muito forçada, as personagens estavam fazendo muitas coisas estúpidas sem motivo aparente e minha paciência se esgotou. Desculpa, Alyson, não foi dessa vez.

The Best Day (um livro que te deixe nostálgica): com toda a certeza do mundo, O Ladrão de Raios, do Rick Riordan. Comecei a ler Percy Jackson quando tinha 11 anos, e a série rapidamente se tornou a minha favorita. Desde que li pela primeira vez, PJO virou minha "cura" para ressacas literárias (e, ironicamente, foi a única coisa que curou minha ressaca pós-Percy Jackson). Vira e mexe eu estou relendo de novo.

Love Story (um livro com uma história de amor proibida): bati a cabeça para responder essa daqui, e acho que a resposta não é exatamente o que está sendo pedido. Escolhi A Hora Mais Sombria, quarto livro da série "A Mediadora", da Meg Cabot. Começa o relacionamento entre Suzannah (a mediadora) e Jesse, um fantasma que habita a casa dela. Não é uma relação proibida, apenas não é convencional, e provavelmente não terá futuro algum na série. Não sei, nem lembro se terminei de ler esse.

I knew you were trouble (um livro com um personagem mau, mas que apesar disso, te conquistou): agora é a hora de Harry Potter. Apesar de todos os pesares, eu adorei a construção da personagem do Voldemort. Os detalhes da vida da sua mãe, da sua própria vida, o motivo dele ser incapaz de amar... Tudo. Ele é o melhor pior personagem que eu já tive o prazer de acompanhar.

Innocent (um livro que alguém estaragou o final para você): Convergente, da Veronica Roth. Maldita a hora em que eu resolvi ler qual era o "super spoiler" do livro!

You belong with me (um livro que você está ansiosa para que seja lançado): os livros que eu estava ansiosa para serem lançados (Fazendo Meu Filme 4, Convergente, todos de Heróis do Olimpo...) já saíram, então não tenho nada no momento. Acho que escolho a coleção de A Rainha de Tearling, da Ekira Johansen. Até agora temos apenas o primeiro título traduzido, e eu quero que os outros sejam lançados para poder ler sem medo. Minha ansiedade se deve ao fato da minha pequena Emma Watson ter sido escalada para atuar no papel principal. Se é com a Emma eu tenho que ir na estreia, e para ver o filme, tenho que ler o livro. Portanto...

Everything has changed (um livro em que o personagem se desenvolve bastante): vou ter que falar de As Crônicas dos Kane, também do Rick Riordan. No primeiro livro da trilogia, os irmãos Sadie e Carter não faziam ideia de nada que estava acontecendo - ao passo que, no último, eles já são os reis do mundo. Esses estão na lista de livros que pretendo reler esse ano.

Forever and always (o seu casal literário favorito): não queria repetir livro, mas não tenho escolha. Meu casal favorito é Fanny e Leo, de Fazendo Meu Filme. Acho horrivelmente maravilhoso o fato de eles sempre terem sido o casal certo, mas no tempo errado.

Come back… be here (um livro que você não empresta, por medo dele não voltar): meu livro favorito, que é Sorte Ou Azar?, também da Meg. Não empresto e não deixo chegarem perto, porque se esse sumir eu não sei como vou fazer pra encontrar outro. Não lembro se já vi nas livrarias, já que esse definitivamente não é um dos melhores ou mais conhecidos da Cabot.


É isso, pessoal. Esses são os 10 itens da lista, e (por sorte) eu consegui citar todos os meus favoritos. 
Como essa tag não está mais sendo respondida, acredito eu, não vou indicar ninguém. No entanto, sintam-se livres para respondê-la e mandar aqui nos comentários. Falar de livros é sempre bom e eu adoro.

domingo, 3 de janeiro de 2016

A saga da gata chegou ao fim (e séries)

Acordei com o cheirinho do churrasco que meu pai fazia e dei de cara com duas notícias:

1) Tinha pão de alho;

2) A gata já estava de partida.

Aparentemente, minha prima resolveu encurtar a viagem justamente para receber a Lili o mais cedo possível. Meus irmãos não pareciam tão contentes, já estavam apegadíssimos ao filhotinho de olhos azuis (verdes?). Eu estava mais do que contente por ela finalmente estar indo embora.

Não me levem a mal, a coisinha é um doce. Nem um mês de idade e já era muito mais inteligente do que eu com uma centena de meses. Mas, mesmo assim, não posso negar que não sentiria falta alguma dos miados dela no meio da noite que me deixavam irritadíssima e com vontade de ensinar a criança a nadar.

No carro, foi um sufoco. O choro ficava alto demais para superar a voz da Anitta que nós ouvíamos no último volume (ou quase), as garras afundavam na pele da minha irmã que também berrava implorando para Lili parar, meu irmão berrava de rir da situação e eu e a minha outra irmã só cantávamos na batida e torcíamos para aquilo acabar logo. Durante alguns minutos, brincamos de fazer "shh" pra ver se a gata ficava quietinha, mas de nada adiantou. Lili é fogo.

Agora ela já está em casa, adaptadíssima e muito longe para seu choro me incomodar. Acho que essa foi a última vez que nos oferecemos para cuidar de um filhote para quem quer que seja.

Fofa, né? Nem parece que me mordeu hoje mesmo.


Mas vamos ao que interessa. O grupo Blogs Que Interagem sugeriu 3 temas para a blogagem coletiva de Janeiro, sendo o primeiro deles "séries que vou retomar em 2016". Como estou enroladíssima com várias séries há anos (literalmente anos, tem umas que o atraso vem de antes de 2015), nada melhor do que fazer um post para relembrar o fracasso que eu sou.

Vamos à lista!

1- Once Upon a Time
Essa série é meu amorzinho há quatro anos, e eu não consigo largar. Mesmo quando estou com uma temporada e meia de atraso, mesmo quando o plot é chato, mesmo quando os (d)efeitos especiais ficam tão ruins que eu tenho vergonha de admitir que assisto. Voltei a assistir ontem e pretendo estar em dia até o próximo final de semana. Que Netflix tenha paciência comigo.
(Estou com 16 episódios atrasados.)
2- Pretty Little Liars
Outra que eu vejo há quatro anos, mas muito mais esporadicamente. Faz tempo que PLL já não me encanta como costumava encantar, mas eu não tenho coragem de tirar do Banco de Séries porque foi a primeira série que eu comecei a assistir de verdade. É chata, enrolada e eu não vejo a hora de acabar, mas não dá pra largar. Desse ano o atraso não passa!
(Estou com 20 episódios atrasados.)

3- Agent Carter
Não sei qual a razão de ter colocado essa na geladeira. Eu comecei a ver no dia seguinte ao da estreia e me apaixonei por tudo. Acho que foi a preguiça...
(Estou com 4 episódios atrasados.)

4- Suburgatory
Recomendada por uma amiga há uns três anos, comecei a ver e logo de cara assisti a uma temporada e meia. Provavelmente coloquei na geladeira quando minhas outras séries voltaram do hiatus, mas agora Suburgatory já foi concluída e eu posso assistir sem medo.
(Estou com 25 episódios atrasados.)

5- Gossip Girl
Não podia faltar essa para a lista! Comecei a ver há, também, quatro anos, mas não terminei porque na época eu ainda alugava os DVD's na locadora, e com o tempo nós paramos de ir lá. Agora que a série já foi concluída, talvez seja a hora perfeita de maratonar.
(Estou com 103 episódios atrasados. Isso dá todas as temporadas menos a primeira.)


Uma sorte de 2016 é bissexto. Pena que vou precisar de uns 3 meses a mais para colocar tudo em dia.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Sobre não ser uma cat person e já ter chorado no segundo dia do ano

A gata da minha prima foi encontrada morta recentemente. Minha prima resolveu adotar uma gatinha nova. Minha irmã resolveu o problema e, depois de uma conversa confusa da qual eu não me lembro direito, a tal gata veio parar na minha casa. Chegou ontem e só vai embora na segunda.

Sem entrar em grandes detalhes porque, apesar de ser muito fofa, Lili ainda não é minha amiga, quero apenas comentar três fatos:

1) Urina de gato tem um cheiro horrível mesmo quando o gato em questão não tem nem um mês de idade.

2) As fezes voam. Não perguntem.

3) Eu tenho certeza que o miado dela é um piado e, na verdade, Lili é uma galinha com crise de identidade. 

Foi cuidando dessa gatinha que eu me descobri 110% dog person. Tenho certeza de que choro de cachorro é tão insuportável quando miado (piado?) de gato, mas eu duvido que ficaria tão mal humorada quanto fiquei nesses dois dias de 2016.

E por falar em dois dias.

Ano passado me jogaram numa sala completamente diferente da minha de 2014, o que me fez apanhar bastante para não ficar deslocada e me manter em contato com as melhores sem que parecesse forçação de barra. Mas, claro, porque eu fui uma péssima observadora, a coisa inteira foi uma gigantesca forçação de barra até o dia em que resolvi parar.

Eu não parei porque queria me afastar, tampouco porque a amizade delas já não me era importante. Foi, e continua sendo, uma parte da minha vida que eu não quero esquecer. Mas é inviável manter um relacionamento unilateral em que você é a única making moves, quando todo o resto já não faz questão nenhuma de manter laços.

Mesmo que eu tenha parado há tempos, mesmo que a gente só conversasse uma vez ou outra quando nos encontrávamos no corredor, mesmo que a última conversa de verdade que eu tive com qualquer uma delas tenha sido no começo do terceiro trimestre (mais ou menos em setembro), ver uma foto nossa ser postada em comemoração ao ano novo e saber que minha cara foi cortada doeu. Doeu bastante. E foi a primeira vez que eu chorei em 2016.

Mentira. Chorei lendo Halo e vendo um episódio de The Flash. Mas foi a primeira vez em que motivo era pessoal.

E teria continuado a chorar, se eu não tivesse me lembrado que era para esse ano ser diferente. Era para eu me desapegar de coisas que já não me faziam bem algum, para respirar fundo e contar até 10 antes de sofrer sem razão, era para fazer ser melhor. Dessa forma, engoli o choro junto com uma frase importantíssima de As Vantagens de Ser Invisível e segui em frente. Isso depois de reclamar um pouquinho, é claro, porque a foto é nossa.

But because things change. And friends leave. And life doesn’t stop for anybody.
- As Vantagens de Ser Invisível, p. 145. Só que se procurarem no livro em português, ela obviamente estará traduzida.

É nóis, Charlie.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

... Feliz ano novo.

E aqui está a segunda (e última parte) do especial de ano novo

Quebrei a cabeça pra fazer essas metas, porque não queria nada que já estivesse na lista das 101 coisas em 1001 dias, mas, ao mesmo tempo, não conseguia pensar em nada que não estivesse nela. Acho que essa brincadeira vai acabar desbancando meu especial.

Sem mais delongas, vamos às metas:

1. Beber ainda mais água, me alimentar melhor, deixar de ser sedentária.
Essa realização está presente em todas as minhas listas de metas, provavelmente. Ano passado eu consegui os dois primeiros itens, mas continuei afundando o sofá de tanto ficar sentada nele. Agora não dá mais pra fugir, tenho que mudar esse costume.

2. Me dedicar mais aos estudos.
Já falei algumas vezes de como apanhei da escola esse ano, então acho que nem preciso justificar essa daqui. 

3. Escrever mais.
E deixo em aberto. Não importa se é no blog ou fora dele, escrever mais é provavelmente a minha maior meta de todas. 

4. Cuidar mais da minha saúde.

5. Cuidar mais da minha pele e do meu cabelo.

6. Variar mais os temas dos textos do blog.
O Entrelinhas sempre foi 110% pessoal para mim, e quem me acompanha já deve ter percebido. De todos os textos publicados (e, também, os que nunca saíram do rascunho ou que foram excluídos), apenas uns três ou quatro fugiam dessa temática. 
Para acabar um pouco com essa coisa de só postar desabafos/reclamações/absurdos/metas que não serão atingidas, pretendo variar um pouco. Falar mais sobre livros, filmes, séries, músicas e Taylor Swift. Responder mais tags, fazer uns vídeos e escrever mais crônicas. Mudar o cardápio, porque comer só macarrão todos os dias também não dá.

7. Finalmente ler Orgulho e Preconceito.
Essa é uma das minhas maiores metas de vida, por favor. Todo ano penso em ler, todo ano vacilo. Já até vi o filme (sim, sem ler primeiro), jurei que pediria emprestado para alguma irmã minha e esqueci no dia seguinte. Sou um caso perdido. 


E é isso. Essas metas foram menores porque, como eu já disse, não queria repetir os itens que já estão na listinha das 101 coisas. Em janeiro de 2019, não se preocupem, voltamos à programação normal (que envolve milhares de metas que eu jamais vou cumprir).
Quem tiver um post desse jeito, pode deixar o link nos comentários para eu dar uma conferida. Um beijo e até mais.